No peito de um marinheiro
Onde nasce a solidão
As ondas batem primeiro
Só depois o coração
É dali que nasce o mar
É dali que a noite vem
E é dali, se ele chorar
Que o fado nasce também
O amor que há no seu peito
É uma peça em resposta
Porque a onda de que é feito
Nunca mais vai dar à costa
Ao poisar os pés na areia
Ele vai dizendo-me assim
Quem não ama a maré cheia
Não pode gostar de mim